A importância de uma correta política de formação no Turismo

Durante os últimos 6 anos assistimos, com tristeza, à forma como têm sido tratados os recursos humanos no nosso setor. Este foi um dos temas debatidos durante o XII congresso da Associação de Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), que decorreu nos dias 13 e 14 de abril em Lisboa.

A mensagem de Sua Excelência o Presidente da República, que abriu os trabalhos, deu o mote. A importância cada vez mais visível que os recursos humanos têm neste setor, que ganha prémios nacionais e internacionais, que representa 15,3% das exportações[1], que contribui com 14,4% do PIB[2] e que as estimativas de emprego no turismo para Portugal apontam, no horizonte de 2025, para um crescimento muito significativo (19,6%) – quase dez vezes mais do que o crescimento previsto para o emprego no conjunto da economia nacional – revela o potencial de expansão que o setor poderá vir a ter na próxima década, com a criação de mais 57 000 postos de trabalho. Neste cenário, em 2025, o turismo contribuirá com 7,3% do emprego total em Portugal.

É legítimo reconhecer que estes resultados se devem, também, ao aumento da qualidade do parque hoteleiro que sofreu melhorias significativas nos últimos anos em consequência do investimento em ampliação e renovação sem precedentes, e que atualmente e de uma forma geral se encontra em bom estado. Também o sector púbico tem feito um esforço para cuidar das nossas cidades, vilas e aldeias de forma a passar boa imagem aos nossos visitantes, mas o que tem ficado para trás neste esforço, são os recursos humanos. A verdade é que há sempre um “mas”.

Todos nós erramos, é natural, mas quando o erro é identificado devemos corrigi-lo. Fiquei francamente otimista aquando da apresentação das ideias para o futuro das escolas do Turismo do Portugal (TP) feito pela senhora secretária de Estado do Turismo e reiterado na entrevista à revista da ADHP, onde afirmou, “…. Logo quando cheguei disse que não se ia encerrar nenhuma escola, e pelo contrário, vamos dar muita força às escolas. Significativo disso, é o facto de na nova estrutura e administração do TP, cabe ao Presidente ficar diretamente responsável pelas escolas…” este sim, é o caminho em que acredito, mais e melhor formação!

[1] Secretaria de Estado do Turismo

[2] Confederação de Turismo de Portugal

 

por Raúl Ribeiro Ferreira – Presidente da Direção da ADHP

Leia o artigo completo na Edição de Maio (nº 349) da revista VIAJAR – Disponível online

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