Autarca de Lisboa que mais turistas na cidade e com maiores receitas médias

Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML) deixou claro, esta quinta-feira, que pretende que os turistas em Lisboa continuem a crescer, assim como a receita média deixada por cada visitante na cidade.

O autarca que discursava durante a tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação de Turismo de Lisboa (ATL), para 2016-2018, onde ocupa o cargo de presidente da direção, foi bastante assertivo ao começar por dizer que as entidades competentes têm de ser “mais ativas e muito firmes no que poderão ser os estrangulamentos à vinda de mais turistas para a cidade, nomeadamente ao nível das infraestruturas e, mais particularmente, em relação ao aeroporto de Lisboa, que passou de 15 milhões para 20 milhões de passageiros em três anos”. O responsável garantiu que já se encontrou com o Governo para conversar sobre este assunto e “não se pode continuar a adiar este debate”, que defende ser fundamental uma decisão definitiva ainda em 2016. Caso contrário Fernando Media garantiu que a cidade “poderá começar a ser prejudicada”, por “não terem sido tomadas decisões a tempo”.

Valorização e Dinamismo e Lisboa

Tomada de Posse Corpos Sociais ATL (3)Frisando que o Turismo tem sido dos setores que mais tem ajudado à valorização e dinamismo da cidade, o presidente da CML e da ATL considerou “se hoje olharmos para o que passa na hotelaria, restauração, cultura e animação, o que vemos é uma qualificação constante da oferta turística na cidade. Para nos mantermos num patamar elevado, temos de manter o esforço do ponto de vista da qualificação da nossa oferta, que é cada vez mais exigente”.

Demonstrando ainda a importância do setor para a economia da metrópole, Fernando Medina comparou as indústrias do calçado e do Turismo, ambas de grande importância para o País. “Se contarmos exclusivamente a exportação que é feita através do turismo, ou seja, a venda a estrangeiros na cidade e na região de Lisboa, ela é superior a toda a exportação da indústria do calçado. É verdade que a mercadoria não sai, mas é o comprador que vem cá para receber os nossos produtos”, deu como exemplo.

Não se esquecendo a importância que a hotelaria tem tido na requalificação da cidade, o profissional deixou o recado: “Dizem muitas vezes: «Há muitos hotéis na Baixa»… Só me apetece responder: «Há tantos prédios por requalificar na Baixa»”. No entanto, Medina admitiu que tudo isto só tem sido possível com “uma dinâmica turística tão grande” que se tem vivido nos últimos anos.

Constante reinvenção

Tomada de Posse Corpos Sociais ATL (4)Para fazer a diferença e continuar a atrair grandes fluxos turísticos relembrou que a cidade “não pode parar” e terá uma necessidade constante de se “reinventar”. “Temos que definir entre os setores público e provados as principais estratégias para que isso aconteça”, frisou, adiantando que “necessitamos de ter mais ambição e arrojo, alargando as nossas zonas de atração turística a outros pontos da cidade”. Deixou o exemplo da Praça de Espanha e da transformação do espeço da antiga Feira Popular num espaço urbano.

Para concluir o seu discurso, Fernando Medina tocou, uma vez mais, no delicado tema da “adaptação permanente que a cidade tem que fazer entre os fluxos turísticos e as vivências quotidianas das populações locais”. Nesta matéria garantiu que autarquia tem uma filosofia muito bem definida: “Palavras como proibir, excluir, limitar, são palavras que estão excluídas do nosso léxico, o que temos de fazer é adaptar, regular, compatibilizar, harmonizar”.

A cerimónia da tomada de posse dos novos corpos sociais da ATL teve lugar no salão nobre da CML e foi presidida por Rui Horta, presidente da Assembleia Geral da ATL.

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