AHP 2019: SET garante que “o Turismo está bem e recomenda-se” mas aponta 5 desafios ao seu mandato

A secretária de Estado do Turismo (SET), Rita Marques, garantiu esta tarde, na sessão de encerramento do 31º Congresso Nacional de Hotelaria e Turismo, que decorreu nos últimos três dias em Viana do Castelo, que “o Turismo está bem e recomenda-se”, mas relembrou a plateia de mais de 400 congressistas que “o Turismo tem de facto crescido muito”, mas este “está de tal modo maduro” que será difícil continuar a crescer a dois dígitos como se tem vindo a verificar nos últimos anos.

Rita Marques defende que aumentar a estadia média dos visitantes é fundamental e para isso afirmou ser fundamental conseguirem ultrapassar cinco desafios.

As infraestruturas, nomeadamente a ferrovia, foi o primeiro desses desafios apontados pela governante. “No plano do Governo está claríssimo que a ferrovia é, de facto, uma prioridade. É um assunto que envolve várias áreas do Governo, estamos a trabalhar para que possamos ter uma ferrovia que sirva os interesses dos cidadãos nacionais, mas também todos aqueles que nos visitam. É o que posso dizer, nesta altura, é um dossier complexo, difícil, mas estamos a trabalhar para que possamos ter num futuro próximo uma ferrovia 4.0. Neste momento ainda não temos. Servirá, naturalmente, também interesses dos turistas, mas de todos os cidadãos nacionais, como é óbvio”, referiu à imprensa à margem do congresso.

Ainda durante o seu discurso de encerramento, a SET não deixou de referir a situação aeroportuária da região de Lisboa, admitindo a necessidade do novo aeroporto e as obras de melhoramento do atual, por forma a sabermos “rentabilizar as infraestruturas que dispomos”.

Mas dentro deste primeiro desafio, Rita Marques diz que será fundamental trabalhar a três níveis: com os operadores aéreos; com as entidades que gerem as infraestruturas, no sentido de reinventarem novos modelos operacionais; e trabalharem em cooperação com outros elementos do governo [ministérios] para assim conseguirem atingir de forma mais rápida e eficaz os objetivos.

Rita Marques mostrou-se satisfeita com o número de passageiros desembarcados por via aérea até setembro, com “um aumento de 7,1%”, embora tenha deixado presente a sua preocupação no que toca aos passageiros desembarcados por via marítima, que até esse mês, quando comparando com período homologo, decaiu mais de um ponto percentual.

Valorização da oferta

“A necessidade de continuamente investir na valorização da oferta”, foi o segundo grande desafio adiantado por Rita Marques.

“Não nos podemos esquecer que temos de trabalhar em rede. A coesão territorial tem que ser uma prioridade. Temos as infraestruturas que temos, mas temos que saber fazer melhor”, frisou, enaltecendo ainda que “temos que chamar a atenção dos que nos visitam de região para região, para que quem nos visita viaje em Portugal de lés a lés”.

O terceiro desafio repto tem a ver com “a preocupação de garantir que os nossos empresários têm a capacidade de continuar o investimento”. Para além do enquadramento fiscal, Rita Marques afirma que “temos que continuar a trabalhar para criar condições que garantam esse investimento” e disse estar “naturalmente a falar da Espanha, mas também de outros mercados como o brasileiro, que tem conhecido um crescimento interessante, mas também o norte americano”.

Embora admita que a Estratégia 20/27 “se tenha demonstrado de muito sucesso, a responsável diz que o quarto desafio será “refrescar o documento, até porque muitas das suas metas já estão atingidas ou em vias de serem atingidas”.

Por último, os recursos humanos, tanto em quantidade como em qualidade, são outra das grandes preocupações do executivo, que garante continuar a trabalhar “na qualificação dos jovens e dos menos jovens” para que as empresas possam ter os “recursos humanos melhor capacitados”.

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