David Neeleman e Freitas do Amaral oradores no 28º Congresso da AHP

Diogo Freitas do Amaral, José Tolentino Mendonça, David Neeleman (TAP), Luís Araújo (Turismo de Portugal), José Theotónio (Pestana), António Simões (Nutrinveste e Sovena) e Elizabeth Konick (cônsul dos EUA nos Açores) são apenas alguns dos oradores que já confirmaram a sua presença no 28º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que irá decorrer nas Portas do Mar, em Ponta Delgada, nos Açores, de 16 a 18 de novembro.

Tendo como tema principal “Portugal, Vocação Atlântica” é precisamente sobre esta temática que se irá central o primeiro painel do dia 17 que ganhou no nome de “Posicionamento Geo-Estratégico de Portugal”. Segundo Cristina Siza Vieira, presidente executiva da AHP, este será um painel “iminentemente político”, onde se irá tentar perceber por que razão “Portugal anda com algumas hesitações no que respeita ao seu posicionamento na política externa” e qual o “contexto da transição na política internacional, incertezas nas relações entre as grandes potências, alterações profundas e imprevisíveis na União Europeia que o Brexit precipitou e que a crise também nos leva a ter que refletir”.

Contando com a presença de um “atlantista”, Diogo Freitas do Amaral, a responsável frisou que neste primeiro painel irá estar em destaque o “relevo da nossa vocação atlântica, tendo em conta o posicionamento estratégico e geográfico de Portugal” em relação a outros mercados do Atlântico, como a América do Norte, América do Sul, Reino Unido e África.

Portugal e os EUA

O segundo painel da manhã centra-se sobre os Estados Unidos da América. “Portugal e os EUA. O Mercado, o Turista e a Acessibilidade” foi o nome escolhido. Cristina Siza Vieira explica que o objetivo passa por refletir, entre outras questões, “como é que podemos captar e fidelizar o mercado norte-americano; qual é que é a estratégia da TAP; como é que nós, hoteleiros, nos podemos intrincar nesta estratégia da afirmação da TAP nestes mercados para podermos aproveitar o momento”.

Como oradores terá David Neeleman, acionista da TAP pelo consórcio Atlantic Gateway, Elizabeth Konick, Cônsul dos EUA nos Açores, e Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal.

Já na parte da tarde, começam a discutir-se os temas que “vão do turismo à hotelaria”. Para começar, a reflexão irá centrar-se nos “Pilares para a Sustentabilidade Económica e para o Crescimento”, pretendendo trazer ao congresso questões de como se consegue chegar mais longe, tendo como foco novas perspetivas de negócio e visões distintas para cada mercado em que esses negócios estão inseridos.

José Theotónio, CEO do grupo Pestana, e António Simões, vice-presidente da Nutrinveste e CEO do grupo Sovena, estarão entre os oradores que irão desvendar um pouco do sucesso das suas empresas, tanto em Portugal como no mundo.

Hotéis versus restaurantes

“A Arte do Posicionamento. A importância do correto posicionamento dos hotéis e restaurantes no mercado” é o tema do segundo painel da tarde. De acordo com Rodrigo Machaz, diretor-geral da Memmo Hotels e um dos organizadores do congresso, “está na altura dos hotéis começarem a perceber que devem posicionar os seus restaurantes independentemente dos seus hotéis”, tratando “os restaurantes com mais carinho”. Para o responsável, “está na altura de tornar os bares e restaurantes dos hotéis mais interessantes”, dando os hostels como exemplo de “espaços socialmente interessantes” e deixando o recado que “os hotéis têm que ir atrás disso”.

António Araújo e Albano Homem de Melo, fundadores do conceito de restauração de sucesso H3, irão estar presentes entre os oradores do painel e vão demonstrar como conseguiram “entrar num mercado altamente competitivo, que são os hambúrgueres, e venceram com conceito e posicionamento”. Por outro lado, Rodrigo Machaz frisou que se irão debater ainda temas como o conseguir “ter sucesso em destinos aparentemente difíceis, com oradores com casos de sucesso, que venceram pela diferenciação”.

Para terminar os trabalhos do primeiro dia, o último painel irá centrar-se na temática “A Ética e os Negócios”, uma abordagem nunca antes feita nos congressos da AHP. Tendo como moderador Bernardo Trindade, tendo sido ele também o mentor deste tema, o painel irá retratar, entre outras questões, os “deveres das empresas como entidades sociais, negócios e criação de valor enquanto eixo de redistribuição; a concorrência sem transparência alicerçada numa comunidade de valores; o emprego como fator de coesão económica e social”. O padre José Tolentino de Mendonça será um dos oradores.

Novas tendências

Na manhã do dia seguinte, último dia dos trabalhos, será a vez de pensar no futuro e, para começar, o primeiro painel irá focar as “Novas Tendências do Consumo Digital”. Como melhorar o desempenho dos hotéis? Como manter os custos de distribuição sob controlo? Como tornar os hotéis mais atrativos junto dos consumidores? São a estas e outras perguntas que os oradores (responsáveis por estas áreas em alguns dos grupos hoteleiros portugueses que mais se têm destacado nestas novas tendências) irão tentar encontrar resposta.

Antes da sessão de encerramento e conclusões do congresso terá ainda lugar um último painel dedicado à “Future Lab – New Bricolage Living”. Rodrigo Machaz afirma que “o último painel era para nós um desafio muito grande, para acabar este congresso de uma forma forte e que ficasse na memória” e por isso decidiu trazer até aos Açores a empresa Future Lab por trabalhar com “as melhores empresas do mundo de consumo e estuda acima de tudo comportamento de consumo, das pessoas, da sociedade e analisa mudanças, o que é fundamental para os hoteleiros perceberem como é que se devem posicionar, como devem adaptar os seus produtos e é isso que vêm cá trazer”.

Raúl Martins, presidente da AHP, não deixou passar em claro a ocasião para esclarecer o por quê da AHP tem escolhido os Açores para a realização do seu 28º congresso. “O turismo na região cresceu dois dígitos nos últimos anos e por isso a nossa escolha não foi ao acaso”, explicou, avançando ainda que os Açores não são mais um turismo contemplativo, são hoje um destino do surf, da pesca, do mergulho, de aventura e de caminhadas”. Raúl Martins finalizou a sua intervenção dizendo: “queremos que os Açores estejam cada vez mais perto de Portugal” continental.

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