por Sílvia Guimarães
Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se satisfeito com os recordes de recuperação do turismo nacional em 2022, que deverão fazer ultrapassar os 18 mil milhões de euros das receitas alcançadas em 2019 e garante que Portugal beneficiou com a guerra, por transmitir segurança aos seus visitantes.
“Beneficiámos com a guerra, tenho dito isto e pode parecer chocante, ninguém beneficia, é um drama, é uma tragédia, mas beneficiámos, como também beneficiámos na Segunda Guerra Mundial. Num período de incerteza, de instabilidade e de insegurança, qual é o local onde podemos encontrar a segurança? Portugal é uma ilha no meio do Atlântico, longe do conflito europeu e isso tornou Portugal que, já tinha uma marca de paz e de segurança, num destino mais seguro em termos relativos”, frisou o Presidente da República durante o seu discurso de encerramento do 33º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, organizado pela Associação da Hotelaria de Portugal, que terminou esta sexta-feira, em Fátima.
“Portugal é o destino que é porque tem uma marca fortíssima. Portugal é Turismo”, deixou claro”, e “esta realidade, somada à marca Portugal, à credibilidade da pandemia e ao desconfinamento, permitiu a rapidez da retoma do Turismo”, afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa assegura que a pandemia, e agora com a guerra, “levou a que, finalmente, o tecido empresarial, de forma esmagadora, deixasse de depender tanto dos poderes públicos”, adiantando que “chegaram os apoios, mas se estivessem à espera até ao fim de uma parte dos apoios, tinham perdido uma parte de sobrevivência“.
Quanto ao futuro próximo do Turismo, o Chefe de Estado admite estar “entre o realismo e o otimismo”, mas “mais otimista, apesar dos problemas do contexto que vivemos”.
A Viajar Magazine no 33º Congresso da Hotelaria, a convite da AHP
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